Caminhando pelas ruas da minha cidade, me deparei mais uma
vez com uma faixa: dessa vez os avós dando as boas-vindas aos netos que
acabaram de nascer e dizendo o quanto estavam felizes por isso. Nesse momento,
me perguntei se aqueles avós já haveriam tomado seus netos em seus braços e
teriam dito exatamente o que colocaram nas faixas. E se assim o fizeram, não
teriam ficado satisfeitos? Precisavam ainda colocar numa faixa diante da casa?
Mais uma vez me pus a refletir sobre essa necessidade de
fazermos todos, exatamente todos, amigos, conhecidos e estranhos, como
testemunhas dos momentos de felicidade que estamos vivenciando.
Por que será que não vejo faixas dizendo "estou
desempregado(a)", "estou lutando contra o câncer", "acabei
de me separar e estou sofrendo muito", "fui traído(a)",
"estou em depressão"....
Certamente, o homem não é uma ilha, é saudável termos
relações amigáveis dentro e fora da família, é saudável compartilhar, mas que
tal compartilhar com quem realmente faz parte de nossa caminhada?
E será que não estamos nos esquecendo de compartilhar, e
agradecer, com quem realmente nos acompanha, 24 hrs por dia, 365 dias do ano...
Deus! Ele está de braços, e ouvidos, abertos para ouvir nossos agradecimentos e
também nosso desabafo diante de um momento difícil, e assim nos fortalecer e
nos mostrar a direção a ser seguida para a cura e resolução das dificuldades.
Franco Guizzetti, especialista em Feng Shui, já disse num de
seus diversos, e ótimos, artigos: "Mantenha a boca calada: em boca calada
não entra mosquito. Pare de falar para todos sobre sua vida e planos."
Afinal, nem todas as pessoas, até mesmo as mais íntimas,
podem estar, naquele momento, na mesma sintonia com a situação que estamos
vivendo. Podemos estar vivenciando um momento de muito sucesso enquanto o outro
pode estar passando por dificuldades financeiras ou profissionais, ou acabamos
de encontrar um(a) parceiro(a) maravilhoso e o outro acabou de desmanchar um
relacionamento de anos... enfim, podemos sim compartilhar, mas com serenidade e
respeitando o momento que o outro pode estar passando.
Por que não celebrar com entusiasmo diante do espelho com
quem realmente é nosso(a) melhor amigo(a)? Nas minhas reflexões eu descobri que
um dia eu também já agi dessa forma, fui insensível e invadi o espaço de uma ou
outra pessoa que não estava na mesma sintonia, e hoje eu estou aprendendo a
manter, em primeiro lugar, um relacionamento íntimo comigo, diante do espelho,
dizendo palavras de confiança, celebrando e refletindo sobre minha vida.
Tente, vale muito à pena! Celebre suas conquistas diante do
espelho, com você, dance, cante e celebre. E assim quando compartilhar com
alguém, você já terá extravasado aquele primeiro momento de euforia, e saberá
compartilhar sem agredir.
Vamos refletir?
Paz e bem!
Oi Ju,
ResponderExcluirbacana seu texto.
Beijo,
Sanderson.